O governador Renato Casagrande (PSB) declarou que planeja digitalizar 100% dos serviços do governo do Estado até 2025. "Nós estamos investindo forte para o ano que vem, a oferta de serviços digitais. Nós queremos que todos os serviços do governo sejam ofertados ao cidadão de forma eletrônica, digital, que ele possa acessar no seu celular, no seu computador, na sua casa, todos os serviços que ele desejar do governo do estado", afirmou Casagrande em entrevista ao editor de Economia do Folha Vitória, Edu Kopernick.
Indagado a respeito da maior carência do Estado no ambiente de negócios, Casagrande respondeu que ainda há burocracia desnecessária.
"Acho que nós temos ainda a burocracia desnecessária. Nós temos ainda a necessidade de aperfeiçoar algumas legislações na área fazendária. Já fizemos muitas, mas podemos fazer mais. A tecnologia nos permite fazer isso, para a gente diminuir cada vez mais a burocracia", afirmou.
Ainda sobre serviços do Estado, o governador afirmou que o turismo é uma atividade que está crescendo, e vai gerar retorno no ambiente de negócios.
"Eu acho que o turismo vai dar retorno. É uma atividade que está crescendo e estou trabalhando para isso. O Espírito Santo é organizado, equilibrado, bonito, bem posicionado e nós ainda não somos tão conhecidos. O governo receberá o projeto do Centro de Convenções, que a Prefeitura da Serra elaborou para nós, e vamos contratar essa obra", declarou.
Atração de empresas da área de tecnologia
Indagado a respeito da aplicação dos recursos do Fundo Soberano, Casagrande apontou que já está realizando investimentos para atrair empresas de tecnologia. O fundo é um recurso da receita corrente líquida do Estado de R$ 1,8 bilhão. "A gente alocou R$ 250 milhões que estão sendo aplicados para atrair empresas da área de tecnologia para cá ou potencializar as empresas que estão aqui. Isso tem dado certo", disse.
O governador explicou que a ideia do fundo é gerar dinheiro, se associando com a empresa, e vendendo a parte do Estado posteriormente.
"O objetivo do fundo é fazer com que os negócios sejam fomentados, ou apareçam ou que sejam ampliados, mas que sejam fomentados. A ideia do fundo é nos associarmos à empresa, investir por um tempo e depois vender a parte e o dinheiro volta para o fundo", disse.Casagrande fala ainda a respeito de investimentos, feitos a partir do Fundo Soberano, em uma nova atividade do governo, denominada de Fundo Clima.
"A outra atividade que a gente lançou, e que estamos chamando de Fundo Clima, porque o BNDES tem um fundo com esse nome que financia atividade de transição energética. Nós queremos colocar R$500 milhões do Fundo Soberano e o BNDES coloca R$ 500 milhões. Então a gente teria aqui no Estado um fundo de R$ 1 bilhão operado pelo Bandes para financiar a transição energética", pontuou.