Um adolescente, de 15 anos, relatou ter sido agredido e ameaçado pelo padrasto, pela mãe e pelo tio de uma adolescente com quem ele mantém um relacionamento. O caso aconteceu na última quinta-feira (30), em Praia das Gaivotas, em Vila Velha e está sob investigação.
A mãe do jovem, advogada de 49 anos, disse estar abalada com o ocorrido e lamentou profundamente as agressões sofridas pelo filho. Ela contou que o adolescente foi ameaçado de morte e teve uma arma apontada para a cabeça. ''Meu filho foi agredido, torturado por três pessoas adultas, sendo um deles policial militar. Ele foi colocado no chão, feito um mata-leão nele, além de ser chutado e arranhado'', disse a mãe do adolescente agredido.
De acordo com a advogada, a situação aconteceu no bairro Praia das Gaivotas, em Vila Velha. O jovem teria sido convidado pela adolescente de 13 anos para subir ao apartamento onde ela mora com a família. No local, eles foram surpreendidos pela mãe e pelo padrasto da adolescente. Segundo o relato, as agressões envolveram também a participação de um tio da garota. A advogada afirmou que, além do adolescente, a própria menina também teria sido agredida pela mãe. '' A mãe, quando viu que o meu filho estava na casa dela junto com a filha, agrediu a menina primeiro e, o meu filho foi agredido por ela, pelo policial militar e por um irmão dela. Inclusive, esse irmão disse em uma ligação que iria enterrar o meu filho vivo, pois, ele já tinha enterrado os dois e que o meu filho seria o terceiro, disse a advogada. Vizinhos acionaram a Polícia Militar, que esteve no local para apurar a situação.
A mãe do jovem informou que registrou uma denúncia na Corregedoria da Polícia Militar contra o padrasto da adolescente, que é policial, e prestou queixa contra a mãe e o tio da menina. '' Eu abomino policial militar que agride e que tem esse tipo de atitude. Ele tem que pagar por isso, e eu vou até o fim para que ele pague o que fez. Eu espero que ele seja punido e, inclusive, eu entrei com representação contra os três, afirmou a advogada.
A Polícia Militar informou que tem ciência dos fatos, mas por se tratar de crime de natureza comum, será a Polícia Civil a responsável pela apuração do suposto delito, por meio de um inquérito policial. Pela Corregedoria, segundo a PM, será instaurada uma sindicância para apurar o fato.