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Com ISAAC RABBI

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Vítima de chuva no ES enviou áudio para família horas antes de morrer

Gilda Hastenreiter estava em Mimoso do Sul para um tratamento médico

Publicada em 27/03/2024 às 06:56h - 751 visualizações

por a folha


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Foto: Reprodução  (Foto: Foto: Reprodução)

Gilda Hastenreiter, de 50 anos, uma das 20 pessoas que morreram vítimas das consequências da enxurrada do fim de semana no Sul do Espírito Santo, conversou com a família horas antes de morrer. A vítima estava em Mimoso do Sul, onde realizava um tratamento com fisioterapeutas. De acordo com o irmão Gelcimar Hastenreiter, Gilda enviou um áudio ao genro, que estava em Vila Velha, por volta de 19h de sábado (23), quando começou o temporal. "Umas 19h ela mandou um áudio para o genro, explicando que lá estava com muita chuva e trovoada. Ela chegou a brincar, perguntou à cuidadora dela qual seria o 'procedimento', e a cuidadora disse que ela seria levada para a casa de cima", contou. 

Vítima estava na cidade para tratamentos médicos 

Segundo o irmão, Gilda estava em Mimoso do Sul desde 11 de março para realizar tratamentos médicos. Ela estava acamada há cerca de 2 anos por consequência do lúpus.  Por conta da doença, Gilda se locomovia apenas com uma cadeira de rodas e o tratamento significava uma possibilidade para que ela pudesse voltar a andar.  A morte da mulher foi confirmada pelo hospital filantrópico onde ela estava. De acordo com Gelcimar, a notícia gerou uma grande comoção em toda a família, que entrou em desespero.  "A minha irmã entrou em contato com a coordenadora, onde só escutei a coordenadora falando assim: confirmou. Eu vi minha irmã saindo em desespero, onde eu peguei o telefone e ela confirmou: sua irmã Gilda, infelizmente foi achada sem vida. Infelizmente, neste momento, só foi uma gritaria muito intensa, porque fiquei imaginando minha irmã morrendo, se ela chamou por um irmão, uma irmã, um pai para socorrer".   

Gilda deixou uma filha e uma neta de apenas 33 dias. O enterro aconteceu na última segunda-feira (25), em Vila Velha, cidade onde mora a família. "É uma coisa terrível, porque a gente não pôde nem fazer um velório digno para ela, teve que ser uma coisa rápida, porque o corpo já estava muito prejudicado. Teve que fazer o velório de caixão fechado", conta Gelcimar. Até o momento, 20 vítimas fatais foram identificadas na região Sul. Duas delas em Apiacá e as outras 18 em Mimoso do Sul. De acordo com o último boletim da Defesa Civil estadual, mais de 20 mil pessoas estão desalojadas na região.




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