A Polícia Civil concluiu que um chefe do tráfico de drogas foi o mandante do assassinato da jovem Carolayne Nascimento Barcelos, de 25 anos, morta dentro de um carro no bairro Divinópolis, na Serra. O crime aconteceu em outubro do ano passado, quando ela levava o funcionário de sua empresa em casa. O rapaz não ficou ferido e, até o momento, o que se sabe é que a jovem foi assassinada por não abaixar os vidros do veículo após ordem de criminosos. Novos detalhes sobre a investigação serão divulgados na tarde desta quinta-feira (1º), durante coletiva da Polícia Civil. Durante as investigações, segundo a polícia, nove suspeitos foram identificados, sendo o mandante do crime o chefe do tráfico de drogas. Cinco deles foram presos durante e quatro estão foragidos. O inquérito foi encaminhado à Justiça no último dia 17, e o Ministério Público Estadual (MPES) já ofereceu denúncia, tornando os investigados réus.
Jovem foi baleada próximo à casa do pai
Pouco tempo antes de ser assassinada, Carolayne estava em um churrasco com amigos. Por volta de 1h, ela pegou o carro e foi levar um funcionário da empresa dela em casa. Ao passar por uma esquina do bairro Divinópolis, próximo à casa do pai dela, criminosos teriam a abordado e ordenaram que ela abaixasse o vidro do veículo. O sistema de abertura teria apresentado problema e ela não conseguiu abaixar. Os criminosos, então, atiraram. A jovem perdeu o controle do carro e bateu na traseira de outro veículo estacionado na frente da casa do pai dela. Ao ver o ocorrido, ele socorreu a filha e a levou para uma unidade de pronto atendimento. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu. O outro rapaz que estava no veículo não se feriu.
De acordo com parentes da jovem, Carolayne sonhava em ter o próprio apartamento e em poder viajar o mundo, se aprofundando cada vez mais no trabalho para poder realizar os desejos. Uma familiar contou que dividia com Carolayne não só sonhos na infância, mas também a mesma sala de aula em boa parte durante a vida. "A minha maior lembrança é de quando estudávamos na mesma escola, e ela não ficava em outra sala. Chorava até que a professora colocasse ela na minha sala. Lembro dos inúmeros encontros que tivemos, ela sempre carinhosa comigo. Não via ela todos os dias, mas sempre falava com ela, quando ela estava indo trabalhar, ela postava algo no Instagram, ela amava as redes sociais".