Uma das maiores e mais tradicionais festas do Brasil, o carnaval vai além da alegria e samba no pé. Anualmente, a folia movimenta o turismo e a economia, e gera emprego e renda para milhares de pessoas. Em 2024, os desfiles dos blocos e escolas de samba da Grande Vitória devem movimentar cerca de R$ 30 milhões e gerar até seis mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativa da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV). A folia no Sambão do Povo, em Vitória, será maior este ano, com um dia a mais. Isso porque, além dos desfiles das agremiações do grupo especial e de acesso, que acontecem entre 02 e 04 de fevereiro, as melhores escolas voltarão à passarela do samba em 10 de fevereiro para o desfile das campeãs. Os números positivos para a economia e o turismo são refletidos em investimentos que geram melhorias na vida da população que reside na Capital, como destacou o prefeito Lorenzo Pazolini. "Além da alegria, da descontração e do encontro de pessoas e gerações no Sambão do Povo, temos uma parte economia e social muito importante no Carnaval de Vitória. Muitas mulheres vítimas de violência doméstica comercializam alimentos, por exemplo, que garantem o sustento para a família", exemplificou. 

Escolas de samba contratam até 600 pessoas

As agremiações da Grande Vitória contrataram diretamente quase 600 pessoas para os desfiles de 2024, o que, segundo o presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), Edson Neto, reforça a importância da folia para a economia.  “Esses números fazem com que o carnaval vá além de uma festa: envolve toda uma cadeia produtiva, de criação e técnica, que movimenta o mercado de trabalho, coloca comida na mesa do trabalhador, e gera renda para a cidade, sobretudo com os efeitos do turismo”, destacou. A Mocidade Unida da Glória (MUG), atual campeã do grupo especial, conta com 120 trabalhadores e cerca de 200 voluntários divididos em três turnos para preparar as fantasias e alegorias. A maioria das vagas na agremiação de Vila Velha são para modelistas, costureiras e aderecistas. Em Vitória, a Unidos da Piedade tem 90 profissionais e 60 voluntários nas áreas de aderecistas, soldadores, costureiras e marceneiros.  Na Novo Império foram 80 contratações realizadas para o carnaval deste ano. Entre as áreas de atuação estão aderecistas, soldadores, costureiras e pintores. Nas últimas semanas antes dos desfiles, a escola conta com apoio de 100 voluntários. A Chegou o Que Faltava tem 70 pessoas contratadas e 140 voluntários que se revezam na produção para os desfiles. Os profissionais mais procurados são aderecistas, soldadores para os carros, costureiras e pintores.   Cerca de 80 pessoas também foram contratadas para trabalhar na Pega no Samba. A escola conta ainda com 40 voluntários, com destaque para aderecistas, soldadores, ferreiros e costureiras. Na Unidos de Jucutuquara são 76 trabalhadores para cuidar de adereços, ferragem, pintura, empastelamento de esculturas, fibra, chapelaria e costura, além de mais 28 voluntários. Outras contratações também foram realizadas pela Independente de Boa Vista. A agremiação de Cariacica contratou, ao todo, 70 pessoas. Além dos profissionais, a escola conta com apoio de voluntários para preencher as funções de soldador, eletricista, aderecista, costureira, fibreiro, motorista e escultor.