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Com ISAAC RABBI

Brasil

Prefeituras terão que devolver repasses para compra de máquinas.

Auditoria do TCU apontou irregularidades em convênios firmados pelo governo com uso de emendas durante gestão Bolsonaro.

Publicada em 27/07/2023 às 13:43h - 27 visualizações

por PODER 360


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O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou nesta 4ª feira (26.jul.2023) que o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) obrigue municípios a devolverem um total R$ 25,1 milhões em repasses feitos para compras de máquinas agrícolas. Os valores se referem a transferências voluntárias realizadas pelo órgão a várias prefeituras por meio de convênios celebrados de 2019 a 2021.

Segundo a Corte, enquanto até 2018 a maioria das transferências voluntárias do ministério era feita por contratos de repasses, de 2019 em diante, portanto, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-ministra Tereza Cristina (PP), houve “crescimento exponencial” das transferências por convênios, sendo a maior parte com recursos de emendas de congressistas. Dessa forma, existia imposição legislativa para a definição dos montantes, do que comprar e o destino.

A auditoria realizada pelo TCU indicou que os convênios, custeados por emendas, foram firmados sem analisar critérios de impedimentos técnicos e o perfil dos municípios beneficiados, com planos de trabalho precários, sem a definição adequada da aplicação dos recursos e sem prévias ações de acompanhamento e mecanismos de controle da destinação dos recursos. 

É listado, por exemplo: ausência de checagem das premissas que autorizam a liberação de recursos financeiros para os municípios; ausência de mecanismo para constatar a falta de execução financeira de convênios por mais de 180 dias; falta de verificação do encerramento dos convênios. 

Ainda segundo a Corte de Contas, os recursos para compra de maquinários não estavam previstos no planejamento 2020-2031 do ministério. Conforme a equipe técnica do TCU, toda a gestão das transferências foi feita de forma contrária ao que determina a legislação. “A execução descentralizada de despesas por meio de convênios tanto não se mostrou compatível com as estratégias de planejamento exigíveis do Mapa como também não apresentou aderência a determinadas normas de gestão de convênios”, disse em seu voto o ministro-substituto Marcos Bemquer...

 




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