Professores e trabalhadores da rede estadual de ensino paralisam as atividades nesta quarta-feira (7) por melhorias na carreira. Pela manhã, os profissionais participam de uma audiência pública na Assembleia Legislativa (ALMG) para identificar problemas e apontar soluções para os profissionais do Estado.
Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Denise Romano, Minas tem uma política de carreira em que os professores “chegam ao final da vida e não chegam ao final da carreira”.
“É de fato uma carreira muito lenta, com progressões muito dificultadas pelas regras que são implantadas. Um professor com mestrado demora 15 anos para receber pelo título, de acordo com as regras da carreira, e o que tem doutorado leva 20 anos, mesmo que ele já tenha essa titulação na posse”, explica a sindicalista.
A categoria também se manifesta para cobrar dos parlamentares mais celeridade na tramitação do projeto de lei 822/23, que prevê o reajuste proporcional do salário dos professores conforme o Piso Nacional, enviado pelo Governo do Estado à ALMG no dia 30 de maio.
“O reajuste é abaixo do que estava reivindicado, o índice do Ministério da Educação (MEC) é 14,95% e o Estado mandou um projeto de 12,84%. Mas nossa categoria está há cinco anos com salários congelados, nossa categoria espera por este reajuste”, explicou.
A líder do sindicato afirma ainda que o reajuste está atrasado, já que o reajuste é retroativo a janeiro de 2023, quando o Governo Federal recompôs o piso salarial nacional do magistério público em 14,95%.
Conforme a categoria, às 14h30 de hoje haverá uma manifestação no pátio da ALMG.