Uma idosa de 90 anos foi encontrada viva em um necrotério na cidade de São José, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, na tarde do último sábado (25). Ela morreu dois dias depois de retornar ao hospital, após o susto causado pelo primeiro falso óbito. Quem percebeu que a idosa ainda estava com vida foi um funcionário de um crematório que foi ao necrotério e notou que o corpo da mulher, chamada Norma Silveira da Silva, ainda estava quente e não apresentava rigidez pós-morte. A cuidadora Jéssica Silvi Pereira, de 30 anos, amiga da idosa, relatou que Norma deu entrada no Hospital Regional de São José Doutor Homero de Miranda e teria sido levada à uma sala de reanimação. "No sábado à tarde, eu fui visitá-la e ela abriu o olho. Não tinha muitos estímulos, mas conseguiu abrir o olho e viu que estávamos ali", conta a amiga. No sábado à noite, ela e um filho da idosa receberam a notícia de que ela tinha morrido. No atestado de óbito emitido pelo hospital consta que Norma Silveira da Silva teria morrido por "infecção do trato urinário". Segundo Jéssica, o corpo da vítima foi enviado para o necrotério sem que a família pudesse ver a idosa. Foi já no necrotério que o funcionário, ao abrir o saco onde estava o suposto corpo sem vida da idosa, notou que a mulher ainda estava respirando. Após ser hospitalizada novamente, Norma morreu no começo da madrugada de segunda-feira. A segunda declaração de óbito emitida pela unidade aponta como causa de morte "choque séptico" provocado por "sepse com foco indefinido". De acordo com Jéssica, nem ela e nem a família receberam informações concretas sobre a morte da idosa por parte dos médicos. O Conselho Regional de Medicina do Estado catarinense afirmou que "tomou conhecimento da situação e vai instaurar procedimento adequado para acompanhar o caso".